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Sempre acho que meio inapropriado e incoerente determinar o que as pessoas devem vestir quando um ano começa, nessas típicas listinhas e apostas que todo mundo gosta de fazer. Afinal a moda é bem cruel e nada tem durado mais que seis meses. Bom o Stylo Singular é um blog de moda e estilo é uma pauta fundamental no conteúdo publicado aqui. Sei que nem sempre consigo transpor a ideia que tenho sobre o tema, as vezes é difícil escrever, falta a inspiração, não consigo entender o que a moda está fazendo com as pessoas, o que está nos dizendo. E então penso, passa o tempo e os sentidos me levam a dar minha opinião. E sim nem sempre é clara. Por que todo mundo, de jornalistas a blogueiros estão confusos. Acho que moda é um assunto bonito, mas de um tempos para cá venho de verdade me questionando se é realmente o que quero para minha vida. Sei que na maior parte do tempo todos somos mesmo meio incoerentes. Sim escrevi isso. De verdade queria logo saber essa resposta. É uma agonia. Quero ser assim? Incoerente? Mas tem coisas que as vezes demoram, e olha que desde criança tenho uma relação com roupas, quem me conhece sabe que as adoro e em seguida tudo que vem depois delas; gente estilosa, inteligência, livros de arte, revistas, pessoas, vidas.
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Sei que ninguém deve resumir insides a conclusões precipitadas. O assunto para mim continua interessante, por que roupa é diretamente humor, história, mensagem é sobre vida mesmo. Não me permito ser menos que isso e muito menos a minhas roupas a ter uma existência fazia. E o ponto é esse, quero que isso seja tudo. Mesmo sabendo que não é. Não sou criança há tempos e sei que moda é sobre negócios, sobre consumo. Chanel, Prada e Osklen so querem ser bem sucedidas e marcas não podem ser um resumo de moda. Moda é o que separa os costumes dos tempos, é quando um acontecimento social explica por que mulheres começaram a usar o New Look de Dior. Pode ser a tradução de quando vemos fotos antigas e elas nos contam tudo sobre a vida daquelas pessoas. E essa é a mesma moda, exatamente a mesma que nos faz vestir os melhores Jeans sábado a noite. Sim é confuso e simples. É uma coisa ótima, existe para nos deixar a par da vida, serve para que conheçamos pessoas, de Oscar dela Renta a Oliver de Berlin. As roupas falam e nos aproximam uns dos outros, é uma aula de história. Ah elas podem ser tão mais fascinantes, que não entendo quem so as leva em consideração como só oco consumo. Claro que não tenho dinheiro para ser um garoto Armani. Mas ser engolido por um produto não faz da moda algo digno nem pra mim nem para ela. Ao contrario nos faz burros e vazios. Por que nenhuma Marquesa Cassati ou Carrie nasceram dessa essência. E sim de força, uma marca te anula enquanto devia ser aliada, roupas não significam nada se você não tiver o que falar e uma vida dentro desses tecidos. Nem a Balenciaga nem todas as H&M do mundo vão poder te ajuda a comprar uma tela numa galeria. Por isso mesmo para mim a moda é uma heroína. Ela é uma mulher da Itália vestida com um vestido preto e uma menina pobre da Africa, que se enxerga elegante e acredita em sí, enquanto transforma um lenço velho em sua mensagem de estilo. Essa elegância dura quase sempre a vida toda se se aperfeiçoa a cada seis meses. Ela pode ter encontrado um enfeite de cabelo na rua e está fabulosa. Ela não precisa de uma marca para deixar a sua no mundo. Por que a maior marca dela é essa fivela sob a cabeça. Se for por seis meses diga apenas não.
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