Sobre as flores ingratas de Miuccia e os meus dias de Berlin

Deixei de lado o blog alguns dias. Estava pensando em um tema, procurando uma inspiração. Uma completa bobagem, no meio de tantos sites e blogs melhores que esse, nada pode ser pensando de mais com a intenção de ser único, ou até pode se você pula as resenhas dos desfiles internacionais, coisa pequena, nesse momento, digamos, incoerente de uma Prada,  que vem junta, aliás de  uma temporada de inconsistências e total anulação de novidade na moda. E  em contra mão pauta coisas de verdade únicas, como aprender a nadar em alemão, ver pela primeira vez na vida o outono chegar, enquanto tenta aprender três verbos por dia.

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Revelando em não revelar. Isso é uma máxima? Não. Sobre o que falo? Felicidade mesmo. Mas uma felicidade diferente da que tenho na moda, com direito a todas estações do ano completas e de verdade, primavera que ainda não conheci, verão que me aqueceu, outono que ja chegou em Berlin e em breve o esperado e ao mesmo temido inverno. Estação que acreditam os alemães vou morrer, mas morrerei dentro de uma casaco Zara e longe, bem longe de uma inocente flor que me faça lembrar a Prada. Mas não vou morrer e nem perto de algo assim, adoro esse drama. Hoje não há nada que eu não goste na Alemanha, mesmo o idioma sendo a coisa mais complexa que ja vi na vida, com essas palavras que já sozinhas são problemas para qualquer mortal da América do sul, não me entristece o fato de não saber falar, por que terei uma vida ao lado de quem já me entende.

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Bom, não esqueci o meu outro amor. A Moda. Agora sobre moda? qual? De NY com aquelas t-shirts de Marc Jacobs e aqueles pijamas de Tommy Hilfiger? Sim, por que isso é a parte boa. Se ví a colorida Londres? sim. E até gostei do desfile limpo do brasileiro Lucas Nascimento e das estampas de Matthew Williams. 

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E Milão? bem é dela mesma, foi da Prada, mas que dessa vez, em especial, com essa moda que não me convenceu celebrou um show de intelecto. Sei que é o jogo da italiana, é assim que Miuccia é, contestável, até polemica, não ignoro que uma bolsa Prada durara para sempre e que a qualidade é o  case dessa lendária poderosa. Mas quando elege, que todos vão usar listras, o mundo inteiro corre para as lojas e no dia seguinte, lá estão elas nas ruas, todo mundo exibindo a sua maneira "Prada" de ser  e então a mesma decide com uma rapidez_violenta, que não. Que o novo agora são as flores. Uma total falta de raciocino? ou simplesmente uma marca do legado Prada? No fim, de verdade e de novo, me  deixa a desejar elegendo aquelas flores ingratas como tendência, para mim tudo mentira e provocação, coisa que espero, logo, logo passar já que Paris sempre supera qualquer que seja o deslize de outras passarelas.

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